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31 julho, 2006

Caixilharia de Alumínio

Características

- Apresenta como factor principal a seu favor o facto de possuir grande longevidade, principalmente devido a ser resistente à corrosão.
- Permite uma economia no consumo de energia.
- Oferece um bom desempenho no que diz respeito à vedação da água e ao ar.
- Baixa manutenção deste tipo de caixilhos.
- Não sofre deformações face à acção do vento forte.

Processo de Anodização

Um aspecto importante a referir é o processo de oxidação que alguns metais sofrem quando expostos ao meio ambiente. Este processo é vulgarmente conhecido por corrosão e transforma a superfície do metal, modificando seu aspecto e também as suas propriedades mecânicas. Com o objectivo de combater este inconveniente, protegendo o alumínio, recorre-se à anodização, trata-se de um processo electrolítico de tratamento do alumínio mediante o qual se forma uma camada de óxido de alumínio (alumina) na superfície do metal, fazendo parte integrante dele, devendo esta camada ser de maior ou menor espessura consoante o tipo e grau de agressividade do meio ambiente.

A estrutura da camada anódica é constituída por células hexagonais, cada uma delas composta por um poro central. No interior dos poros forma-se uma camada que funciona como barreira, separando o alumínio do óxido que se vai formando.

Fases do Processo de Anodização

Como atrás referido, a anodização é um processo mediante o qual se produz nas ligas de alumínio uma película protectora de grande durabilidade, qualidade e resistência á corrosão. Este processo atravessa várias etapas que se passam a descrever resumidamente:

- Pré-tratamento

A finalidade desta fase consiste em preparar a superfície do alumínio, com vista à obtenção do efeito desejado.

- Camada anódica

Esta camada compõe-se por óxido de alumínio executando-se na superfície do metal de forma uniforme, em imersões electrolíticas, controlando a agitação e as temperaturas utilizadas.

- Coloração

A porosidade da camada anódica irá permitir a sua coloração, utilizando-se para o efeito dois tipos de processos conforme se destaca:

Coloração electrolítica (inorgânica)

Trata-se da obtenção de uma camada de óxido com ácido sulfúrico e com posterior tratamento electrolítico numa solução ligeiramente ácida de um sal metal, usando corrente alternada. O sal metálico é atraído para o fundo dos poros, oferecendo maior resistência à luz e à abrasão. No caso concreto de electrocoloração do alumínio utiliza-se geralmente sal de estanho devido à sua alta resistência aos raios ultra violetas, o que se traduz numa maior longevidade do produto.

Coloração por imersão

Regra geral usam-se anilinas, sendo aconselhado este tipo de coloração para os ambientes internos uma vez que os corantes orgânicos são muito afectados quando expostos aos raios ultra violetas do sol, notando-se uma perda significativa da cor.

- Selagem

Esta etapa é fundamental já que é a responsável pela resistência à corrosão atmosférica, impedindo a sua penetração através dos poros. Pode recorrer-se a vários processos sendo o mais usado a imersão do alumínio numa solução de sais de níquel e flúor, seguindo-se a lavagem do material e a sua colocação em água desmineralizada a uma temperatura que pode variar entre os 60 os 70 graus.

- Acabamento final

Regra geral, o acabamento final deste género de perfis faz-se através de pinturas electroestáticas que lhe irão conferir beleza e em simultâneo os protegem. A sua aplicação, quer seja em forma líquida ou em pó, faz-se com a utilização de pistolas especiais em cabines concebidas para o efeito. Ambas as pinturas, apresentam tipos de tinta com características especiais de acordo com a finalidade de utilização. Assim, pode recorrer-se a diferentes tipos de tintas:

Epóxi, indicadas para interiores onde não há exposição a radiações ultra violeta.

Poliéster, indicadas para ambientes exteriores uma vez que apresentam excelente resistência química e mecânica.

Poliuterano, indicadas também para ambientes exteriores e resistindo à agressão de produtos como o etanol.

Alguns cuidados a ter com este tipo de caixilhos

São muito sensíveis às agressões de alguns materiais com o cimento e o gesso, sendo muitas vezes complicada a remoção dos resíduos destas substâncias dos caixilhos, mesmo nos lacados, além de que reagem com a película anódica danificando-a.

Não se devem usar produtos ácidos ou alcalinos uma vez que a sua aplicação poderá manchar a anodização e retirar-lhe o brilho da pintura.

Para a limpeza normal deve-se utilizar detergentes neutros, aplicando-os com uma esponja macia.

Deve-se evitar o uso de sabão em pó devido à sua composição química e à presença de pequenos grânulos que quando não estão devidamente diluídos podem ser abrasivos, atacando a superfície anodizada.

Cada Chão Sua Lavagem

Certos pavimentos, principalmente, os naturais e sem protecção, especial (cera, por exemplo), toleram mal a limpeza com água e/ou detergentes.Assim, passam-se a indicar as melhores opções.

Pedra

Regularmente, varrer e lavar com uma solução de 2 a 3 colheres (de sopa) de carbonato de Sódio para 1 balde de água morna.

Ladrilhos Cerâmicos

Lavar com esfregona ou pano mergulhados em água e detergente para o chão. Como alternativa,limpar com perborato de sódio aplicado numa esfregona húmida. Puxar o brilho com uma camurça. Deve ter-se cuidado quando se andar sobre este pavimento molhado, pois é extremamente escorregadio. Para limpar as juntas, usar uma escova de dentes embebida em água e bastante detergente para a loiça ou chão.

Madeira

Encerada:

Varrer com uma vassoura macia e passar com uma esfregona seca, para tirar os restos de pó e outros possíveis residuos. Ocasionalmente, aplicar uma cera em pasta com um esfregão de palha de aço muito fina. Quando a camada de cera for muito espessa, tire-a com um pano embebido em diluente. Deixe secar bem e aplique uma nova camada.

Impermeabilizada

Limpar com uma esfregona húmida. Se quiser mais brilho, aplique uma camada de cera líquida ou uma emulsão abrilhantadora.

Linóleo

Não molhar demasiado este pavimento. Limpar com uma esfregona humedecida em água e detergente para o chão. Depois, aplicar uma cera líquida na sala ou uma emulsão abrilhantadora (não mancha com a água) na cozinha e casas de banho.

Cortiça

Envernizada

Lavar com esfregona embebida em água morna e aplicar, de vez em quando, uma solução abrilhantadora.

Revestida de Vinil

Limpar com esfregona húmida. Ocasionalmente,use uma emulsão abrilhantadora.

Encerada

Varrer com frequência e, de tempos a tempos, aplicar uma camada de cera líquida. Evite que os produtos se acumulem nos cantos e rodapés, removendo os excessos.

Vinilo

Não é necessário lavar este tipo de pavimento com muita frequência. Usar uma esfregona embebida em água morna com um pouco de detergente para o chão. Se estiver muito sujo, voltar a lavar só com água. Quando estiver seco, aplicar uma emulsão de polimento.

Borracha

Nunca usar detergente sintético ou cera líquida com solventes, pois pode amolecer o pavimento. Lavar com água e detergente em pó e enxaguar. Secar e aplicar uma emulsão de polimento adequada. Se o pavimento for texturado, tenha cuidado com as acumulações de produto.

Tijoleira

Vidrada

Lavar com água e um pouco de detergente para o chão. Depois, aplicar cera líquida ou em creme, que não seja escorregadia.

Não vidrada

Lavar com água e detergente para o chão esfregando bem. Enxaguar com água morna e limpar com uma esfregona seca.

Isolamento Acústico - notas soltas

Antes de comprar casa, pode ter-se alguns cuidados. Se já adquiriu e a sua casa estiver com problemas de isolamento sonoro, não desespere. Existem soluções para atenuar o problema.

Se tiver oportunidade de acompanhar as diversas fases de construção da casa, tome atenção a algumas características importantes, como por exemplo, a espessura das paredes (não apenas entre as habitações, mas dentro da própria casa) e o tipo de laje adoptada (espessura, existência de materiais absorventes ou piso flutuante).

Antes da compra de casa nova, deve pedir ao promotor para lhe mostrar, caso exista,o certificado de conformidade acústica da habitação. Este documento pode fazer a diferença na sua decisão. Não se deixe encantar por equipamentos e níveis de acabamento ditos de luxo.

Caso suspeite de que o prédio não cumpre os requesitos legais de isolamento sonoro, alie-se aos seus vizinhos e reclamem junto do construtor e da respectiva câmara municipal, pedindo a realização de ensaios acústicos. O melhor momento para o fazer é dentro do prazo de garantia de 5 anos. O não cumprimento do Regulamento dos Requesitos Acústicos dos Edifícios é considerado um defeito de fabrico e punível por lei (multa até 45 mil euros).

O caso francês é um bom exemplo. São numerosos os casos em que o juíz decidiu favoravelmente em relação a queixas contra construtoras, por deficiência de isolamento sonoro, apresentadas dentro do prazo de garantia. Em França, este prazo é de 10 anos após a construção. Um caso curioso em frança é o da reabilitação de edifícios: num imóvel já com 3 séculos, mas recentemente remodelado, o juíz atribuiu a razão à queixa de que a remodelação realizada não cumpria os requesitos actuais em termos de isolamento acústico.

COMO ISOLAR A CASA

Fachadas

As janelas que correm sobre calhas têm o incoveniente de apresentar uma folga, para que se possam montar. Para minimizar os problemas, são munidas de uma escova têxtil em todo o seu perímetro. Mas esta solução está longe de ser duradoura e eficaz, pelo que é preferível uma janela de dobradiças (preferencialmente com vidro duplo) e juntas de borracha. Uma janela de vidros duplos é constituida por dois vidros separados por uma caixa de ar e hermeticamente fixados numa caixilharia de alumínio. Se pretender uma com bom isolamento, opte pelas espessuras 6/12/6, 8/12/4 ou até 10/12/4 (vidro/ar/vidro, em milimetros).

Para uma casa já construida e que tenha janelas comuns (sejam de correr ou de dobradiça) que não ofereçam um isolamento suficiente, a alternativa passa pela instalação de uma janela suplementar por fora do estore ou antes da que já existe, consoante o espaço disponivel.

No entanto os problemas podem não se resolver. Na verdade, grande parte das falhas ao nível de isolamento deve-se à má execução da caixa de estore ou do recurso a madeiras muito finas e colocação incorrecta do vedante. No espaço disponivel no interior da caixa do estore pode colocar-se uma fibra geotêxtil com membrana de borracha ou uma espuma acústica (ambas com 15 a 20 milímetros de espessura). Caso não se possa alterar o interior da caixa de estore, a solução será colocar no lado exterior uma membrana de borracha (3 a 5 Kg/m3) e uma placa de contaplacado (com12 mm de espessura).

Revestir a Laje

As casas mais comuns apresentam uma laje aligeirada ou maciça de betão armado e revestimento de piso rígido (ladrilhos ou madeira). Este tipo de construção não é adequado para que se atinja o isolamento mínimo exigido, sobretudo no que toca a sons de impacto. Actuando ao nível da própria construção, este problema pode evitar-se se a laje for revestida com placas de lã mineral (20 a 50 mm de espessura), sobre a qual se coloca um filme plástico impermeável e a betonilha armada (no mínimo de 40 mm). Segue-se o revestimento final (tijoleira, parquet, piso flutuante, tacos, alcatifa,...).

Tecto Falso

Nos casos em que a intervenção tem de ser feita ao nível dos tectos e não na laje (para melhorar o isolamento face ao ruído emitido a partir da habitação de cima), o recurso a um tecto falso isolante pode ser a solução. A laje de betão armado pode ser duplicada por duas camadas de painéis de gesso cartonado (13 mm de espessura). Devem ser fixadas numa estrutura metálica com apoios anti-vibratórios, formando uma caixa de ar. Esta, por sua vez, deverá ser preenchida com um material absorvente sonoro, como por exemplo, lã mineral (40 a 70 Kg/m3 e 40 a 50 mm de espessura), ou espuma acústica de poliuretano (cerca de 60 a 80 mm).

Paredes Interiores

O índice de isolamento a sons aéreos e de percussão depende da espessura do tijolo utilizado nas alvenarias. Paredes mais densas proporcionam maior isolamento acústico. Quando não se pode aumentar a espessura do tijolo e é necessário um isolamento mais elevado, a solução é utilizar paredes duplas. No entanto, pode ser utilizada uma construção alternativa que passa por uma duplicação da parede através de painéis de gesso cartonado (13 mm de espessura) acoplado a lã mineral de média densidade (70 kg/m3 e 40 a 50 mm de espessura). Em situações extremas pode substituir-se a lã mineral por espuma acústica especial (40 a 60 mm de espessura). Esta solução é a mais prática de utilizar após construção, quando se pretenda aumentar o isolamento a sons aéreos e/ou ao impacto entre habitações adjacentes.

27 julho, 2006

Soldadura

A soldadura tem por objectivo unir duas peças metálicas de modo permanente.Esta união pode obter-se através do recurso a duas técnicas: pela fusão das duas peças metálicas na zona de contacto ou adicionando um material (solda) na zona a unir. Os vários processos de soldadura distinguem-se entre si, basicamente, pela fonte de calor utilizada na soldadura. Dos vários processos de soldadura existentes, destacam-se os seguintes:

Soldadura MIG-MAG (metal inert gas-metal active gas)
Neste processo usa-se um fio eléctrodo consumível nú, que é fundido por um arco eléctrico envolto num gás inerte, no caso da soldadura MIG, e quimicamente activo, no caso da soldadura MAG. A alimentação do fio eléctrodo é continua (automática).

Soldadura TIG (tugsten inert gas)
Utiliza-se um eléctrodo de tungsténio não consumível, sendo a soldadura feita por arco eléctrico sob um gás inerte, podendo ser usado, ou não,um segundo eléctrodo consumível.

Soldadura OXIACETILÉNICA
Neste processo utiliza-se um maçarico onde a mistura de acetileno e oxigénio entra em combustão e por acção do seu calor provoca a fusão dos metais a soldar. Pode utilizar-se um metal de adição que, por norma, é da mesma natureza da peça a soldar.

Soldadura A ARCO ELÉCTRICO
Neste processo a fusão do metal das peças a soldar consegue-se aplicando uma diferença de potencial entre a peça a soldar e um eléctrodo (consumível ou não). Forma-se um arco eléctrico voltaico que atinge temperaturas da ordem dos 4000 graus celsius. A soldadura pode ser por fusão do próprio eléctrodo ou por eléctrodo não consumível.

Soldadura POR PONTOS
São utilizados dois eléctrodos não consumíveis. A fusão ocorre apenas nos pontos de contacto do eléctrodo por aquecimento (devido à passagem de uma corrente de intensidade elevada) e pressão local das zonas das peças a unir.

26 julho, 2006

Isolamento Térmico

Não adianta estar a aquecer uma casa, quando existem grandes perdas térmicas através das paredes não isoladas. Para manter o ar interior a uma temperatura contante não o podemos deixar sair, o que se consegue recorrendo ao isolamento. Este deve ser aplicado pelo exterior sempre que se tenham paredes simples, ou colocado na caixa de ar junto ao pano interior no caso das paredes duplas. A aplicação do isolamento pelo exterior das paredes consegue menores amplitudes térmicas nas paredes, impedindo que o calor em excesso as penetre (em dias quentes de Verão) nem o frio (nos dias muito frios de Inverno) e protege-as ainda contra os agentes atmosféricos, conseguindo-se assim uma menor detioração do material que as constitui.

Ao construir-se casa ou em grandes remodelações, é sempre importante aplicar isolamento térmico nas coberturas (telhado ou terraço), paredes exteriores e pavimentos, de acordo com os regulamentos em vigor, de forma a se obterem boas condições de conforto e salubridade.A necessidade de isolar as coberturas torna-se particularmente evidente ao concluirmos que, de todos os elementos estes são aqueles que se encontram mais expostos, seja no Verão, seja no Inverno. Um isolamento térmico adequado e correctamente aplicado, diminui as trocas de energia entre o exterior e o interior do edifício, permitindo a sua climatização.

Numa cobertura inclinada, a localização da camada de isolamento térmico tem significativas consequências no seu desempenho. Quando se aplica o isolamento no lado exterior da vertente inclinada, sobre a estrutura, permite tirar partido da inércia térmica da estrutura e protegê-la das variações de temperatura, criando ainda condições para um maior aproveitamento do volume edificado.

Na cobertura o controle energético é essencial, pois trata-se da superfície mais exposta do edifício, e onde acontecem quase 80 % das perdas e ganhos de calor totais.
O isolamento da cobertura permite aumentar substancialmente o conforto térmico, já que as superfífies interiores se tornam mais quentes no Inverno e mais frescas no Verão.

A colocação de Poliestireno Extrudido é um exemplo do isolamento executado em coberturas.

25 julho, 2006

Envidraçados

A maior parte do vidro utilizado na construção apresenta uma composição de 70 % de sílica e 14 % de óxido de sódio, que resultam num material sólido que se obtém por arrefecimento rápido que impede a cristalização.

A selecção do tipo de vidro que se pretende para preenchimento de vãos depende essencialmente da harmonização de 3 factores:

- Energia
- Conforto
- Segurança

  • Do ponto de vista energético, os envidraçados são muito importantes devido à maior parte das perdas e ganhos de calor se darem através dessa superfície. O uso indisciplinado de áreas de envidraçados e a má escolha do tipo de vidro pode originar uma construção onde o conforto só é atingido através de recurso a meios e aquecimento e arrefecimento mecânicos muito dispendiosos.
  • O conforto térmico é ditado pelo efeito de parede fria que os envidraçados dão no Inverno, dando origem a fenómenos de condensação no interior das casas nas superfícies frias de vidro ou por outro lado, no Verão pelo exagerado sobreaquecimento devido à penetração directa de radiação solar. O conforto acústico depende do poder isolante do vidro seleccionado, que está directamente relacionado com a espessura do mesmo. O conforto visual é por seu lado ditado pela luminosidade que o vidro permite passar, sendo a escolha do vidro e vão um equikibrio entre a possibilidade de uma fraca luminosidade e possíveis situações de encandeamento. Este parâmetro é influenciado pela escolha de um vidro transparente, opaco ou translúcido.
  • De uma forma geral, a escolha de vidros mais espessos ou duplos melhora muito o conforto pretendido no vão envidraçado. A segurança que o vidro pode fornecer depende essencialmente da forma como este é fabricado.

TIPOS DE VIDRO

Vidro Recozido - obtido por fusão dos seus componentes. Este vidro é recozido para evitar tensões interiores. Apresenta um comportamento frágil e parte facilmente perante um choque térmico, sendo por isso considerado perigoso.

Vidro Aramado - a chapa de vidro tem incorporado no seu interior uma rede metálica que lhe confere uma resistência adicional ao choque. Este tipo de vidro oferece não só segurança contra intrusão, como retenção de pedaços de vidro em caso de rotura.

Vidro Temperado - obtido através do vidro recozido que é novamente aquecido e submetido a um arrefecimento brusco (tempera), este tipo de vidro oferece um comportamento térmico e de resistência ao choque bastante melhorado. Em caso de rotura estilhaça-se em mil pedaços.

Vidro Estratificado (laminado) - obtido através da colagem de duas ou mais chapas de vidro entre uma película plástica colada por calor e pressão. Em caso de choque a película plástica mantém o vidro unido impedindo o estilhaçamento e projecção do mesmo.

Apresenta-se seguidamente um resumo do tipo de aplicação do vidro estratificado de acordo com a sua espessura:

  • Para uma espessura de 6-7 mm, oferece uma segurança simples, aplicando-se em moradias, escolas, hospitais, fábricas, instalações desportivas.
  • Para espessuras de 8 a 12 mm, tem-se uma segurança reforçada, aplicando-se em montras de farmácias, joalharias, lojas, bancos, museus, clínicas, prisões.
  • Para espessuras de 12 a 14 mm, dá-nos uma segurança anti-roubo e anti-montim, surgindo as espessuras de 26 mm, 26 a28, 43 a 45 e 59 a 61 mm, com uma segurança anti-bala, aplicando-se em bancos, edifícios públicos, indústria de risco de explosão, construções militares,etc.

Maquinagem - defenições

Dobragem - processo que permite dobrar perfis e chapas de metal de forma a permitir obter peças de determinadas curvaturas.

Estampagem - pode ser realizada a frio ou a quente, dependendo do grau de deformação e do material a maquinar. Neste processo, as chapas finas são deformadas em peças concâvas por prensagem. A chapa é colocado sobre uma matriz com determinada forma e prensada por acção de um punção. Nalguns casos de estampagem a chapa a maquinar é previamente engordurada.
Calandragem - é um processo pelo qual se dobram chapas metálicas. O metal ao ser passado por um conjunto de cilindros, adquire progressivamente a curvatura desejada. Neste processo podem obter-se, no extremo, formas cilindricas.
Enrolamento - processo através do qual se obrigam tubos a passar pelo meio de uma série de cilindros enrolados sobre si para formar uma espiral ou apenas uma parte desta.
Estiramento - aqui, a peça a maquinar é sujeita a uma força de tracção. Esta força provocará uma deformação na peça de carácter definitivo. Este processo realiza-se a frio mas a temperatura sobe durante a maquinação da peça. O estiramento é muito utilizado no fabrico de varões, arame e tubos de elevada qualidade.
Quinagem - o seu objectivo é conformar chapas planas para que se obtenham dobras lineares com ângulos muito pequenos ou quinas vivas. As máquinas utilizadas para este processo são as quinadoras e podem ser de dois tipos: movimento ascendente ou movimento descendente, consoante o avental móvel seja o inferior ou o superior, respectivamente.
Extrusão - aqui o material a maquinar é forçado a passar através de uma matriz aberta, por acção de uma elevada pressão, tendo como resultado final a produção de materiais em secções transversais constantes e com formas complexas. A extrusão pode ser a quente ou a frio dependendo das características do metal e do resultado pretendido. Este processo realiza-se em prensas mecânicas ou hidraúlicas. Para uma melhoria do processo podem usar-se lubrificantes especiais.
Forjamento - consiste em deformar plasticamente elementos metalicos. Os metais são maquinados, a quente ou a frio, por meio de máquinas animadas de movimentos de translação. Os equipamentos mais vulgarmente utilizados são os martelos de forja (que imprimem rápidos golpes de impacto na superfície do metal) e as prensas (que deformam o material através da aplicação de forças progressivas de compressão).
Laminagem - na laminagem as peças passam por meio de rolos que possuem movimentos em sentidos opostos, para que se reduza a área da sua secção transversal. Neste processo a maquinagem das peças pode ser feita a quente ou a frio. Existem vários precessos de laminagem que diferem consoante o produto que se quer obter: perfis, tubos, chapas entre outros.
Trefilagem - é um processo utilizado no fabrico de varões, arames e tubos de elevada qualidade, e consiste em forçar a passagem de um varão por uma frieira através da aplicação de uma força de tracção no lado oposto da frieira (na saída). O metal é assim deformado obtendo-se como resultado final um produto com secção inferior à original e comprimento superior. Este processo realiza-se a frio mas durante o estiramento do metal a sua temperatura aumenta. Utilizam-se substâncias lubrificantes que evitam situações de atrito que possam surgir durante o processo.
Prensagem - aplicando-se uma força de compressão ao material a maquinar este é comprimido dentro de uma matriz. Neste processo também se podem embutir duas peças com diâmetros idênticos.
Torneamento - no torneamento geram-se peças cilindricas através da utilização de uma ferramenta de um único ponto de contacto. A ferramenta encontra-se fixa e é deslocada de encontro à peça a maquinar, que se encontra em rotação. As operações que se podem realizar num torno são: roscagem,corte, torneamento de superfícies cónicas, torneamento de formas, torneamento de superfícies planas (facejamento) e superfícies cilindricas interiores. Para a realização destas operações são utilizados óleos de corte, que facilitam a maquinagem da peça.
Frezagem - processo através do qual uma ferramenta, neste caso fresa, em rotação arranca material à peça a maquinar. A peça é deslocada de encontro à fresa (que se encontra presa a uma mesa) através da deslocação da mesa móvel onde se encontra fixa. Existem diversos tipos de fresadoras (horizontais, verticais, planas, paralelas, etc.) e de fresas (cónica dupla, de módulo, convexa, de haste, ect.) que se podem utilizar consoante o trabalho e acabamento pretentido para a peça (ranhuras, dentes de engrenar, caixas de chavetas, lombas de meia-cana, etc.) Neste processo são utilizados óleos de corte (emulsões) para facilitar a maquinagem da peça.
Furação - processo utilizado quando se pretende abrir furos cilindricos na peça a maquinar. Através da utilização de uma ferramenta de corte rotativa (broca) o furo é obtido pressionando a ferramenta de encontro à peça a maquinar (encontrando-se esta fixa). Este processo pode fazer-se com uma máquina especialmente concebida para este fim (engenho de furar) ou recorrendo a outras máquinas (torno ou fresadora). Neste processo também é utilizado um óleo de corte para facilitar a operação.
Rectificação - tem por objectivo arrancar material da peça a maquinar para correção de deformações mais ou menos acentuadas e permite obter um melhor acabamento ao nível da rugosidade e estado superficial da peça. Esta operação faz-se através do uso de uma ferramenta redonda (mó rectificadora) que possui a sua superfície granulada. A mó encontra-se montada num veio que lhe atribui movimento de rotação a alta velocidade. A operação é executada colocando a peça a maquinar de encontro à mó do esmeril. Durante este processo pode ser utilizada uma emulsão cujo objectivo é lubrificar, arrefecer e arrastar as partículas que se desagregam do material.
Rebardagem - é considerada uma operação de acabamento das peças. Nesta operação utiliza-se uma ferramenta portátil dotada de um disco de corte (rebardeira) que funciona a elevada rotação. A máquina é levada de encontro à peça e o seu disco remove o material excedente.